50 anos do Sgt. Pepper´s Lonely Hearts Club Band!

Hello!! Neste dia assinala-se os 50 anos de um dos mais importantes álbuns da História da Música: O mítico Stg. Pepper´s Lonely Hearts C...

Hello!!

Neste dia assinala-se os 50 anos de um dos mais importantes álbuns da História da Música: O mítico Stg. Pepper´s Lonely Hearts Club Band. 

Um dos mais aclamados álbuns dos Beatles, desde a sua capa única e diferente e as suas músicas complexas e avançadas para a época, que viria a ser uma inspiração para as futuras bandas.

O disco remasterizado saiu a 25 de maio, a semana passada, com a produção de Giles Martin, filho do produtor musical dos Beatles George Martin, conhecido como o quinto Beatle.


O ano de 1966 foi muito confuso para os Beatles. As declarações de John sobre o Cristianismo haviam gerado muitos problemas, mesmo entre a beatlemania. Até a Ku Klux Klan estava organizando protestos e tudo isso afetou mais ainda o quarteto. Tudo isso somado à falta de segurança, de recursos técnicos para as apresentações ao vivo, mais os problemas sofridos nas Filipinas, fizeram com que os Beatles optassem pelo fim das digrssões. Esta decisão gerou muitas dúvidas entre os fãs e a imprensa, que achavam que a banda tinha acabado...

Na verdade, os Beatles evoluíram muito rápido, não só musicalmente, mas o comportamento da banda já não era o mesmo. O uso de drogas como cannabis e LSD mudou o tema das composições e aquela imagem de quatro rapazes ingénuos não lhes interessava. Nem mesmo a Beatlemania interessava aos Beatles nesta altura, em vez disso queriam falar das suas experiências, ter uma atitude mais pessoal na sua música. 
Sem as digressões era possível produzir um disco com calma, usando o máximo dos recursos técnicos. Mais ainda: com toda criatividade da banda, era possível até mesmo criar novas técnicas de gravação.




























A 6 de dezembro de 1966 a banda entra em estúdio novamente, sob a influência de discos como Pet Souds (Beach Boys) e Freak Out! (Frank Zappa). 

Paul McCartney teve a ideia da criação de um álbum conceitual, onde as músicas estariam todas ligadas e seguindo um mesmo tema. Porém, a partir da segunda canção, o disco perde esta característica, embora todas as canções mantenham uma semelhança nos timbres e no estilo de produção. Todos percebiam que aquele momento era histórico e que o mundo estava passando por uma mudança cultural muito grande. Paul imaginou então, os Beatles como outra banda. A “Banda do Clube de Corações Solitários do Sargento Pimenta”. 
No clima de psicodelismo e experimentação e com uma grande variedade de influências, os Beatles entram em estúdio para produzir um disco que serviria como um retrato de toda uma geração.






















Este álbum precisava de ser diferente. Gravações eram comprimidas, condensadas, distorcidas ou excessivamente equalizadas para atender às exigências dos Beatles. Sons carregados de eco, fitas de gravações rodadas ao contrário e vozes e instrumentos com velocidades alteradas mostravam que algo muito revolucionário estava sendo criado.


Após 129 dias e aproximadamente 700 horas de gravação, as 13 canções do novo álbum estavam concluídas; agregando música indiana, jazz, sons invertidos, grandes orquestras, baladas e barulhos de animais à música pop; transformando o rock em forma de arte a ser cultuada por diversas gerações.



A Capa que Revolucionou

Os Beatles já tinham uma, criada por um grupo chamado “The Fool”, formado por artistas holandeses; mas Robert Fraser sugeriu que contratassem outro profissional para a criação da capa e chamaram Peter Blake para o trabalho. Paul e John sugeriram que ele imaginasse a banda após um concerto num parque. Com isto, surgiu a ideia da colagem com artistas atrás dos Beatles, como se tivessem assistido ao concerto. 

A sessão fotográfica foi realizada no dia 30 de março com o fotógrafo Michael Cooper. Os Beatles pousaram com roupas de sargentos e dentre as pessoas famosas que aparecem na capa, estão: Marilyn Monroe, Marlon Brando, Bob Dylan, Cassius Clay, Karl Marx, dentre outros. A lista foi sugestão de Peter Blake, que pediu que cada um dos Beatles escolhessem quem iria aparecer. 
John Lennon queria Gandhi, Hitler e Jesus Cristo, mas foram excluídos da capa por receio da gravadora. Além disso, pela primeira vez, a contra-capa trazia as letras das canções impressas e o encarte tinha um protetor para o vinil em papel colorido e várias figuras para serem recortadas.

































Festa em Liverpool

Reedições, um documentário, um festival em Liverpool, e outros eventos em vários países assinalam o aniversário de "Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band", dos Beatles.
Entretanto, na quinta-feira arranca, em Liverpool, o festival Sgt. Pepper at 50 (Sgt. Pepper aos 50, em inglês). 

A cidade pediu a 13 artistas que criassem obras baseadas nas 13 canções que compõem o disco, desde Lovely Rita a Getting better, passando por Lucy in the sky with diamonds e With a little help from my friends. Os trabalhos, que vão de espetáculos de dança a instalações artísticas e concertos, irão estrear-se em vários locais de Liverpool entre quinta-feira e 16 de junho. Por exemplo, a 1 de junho a cidade acolhe um espetáculo de fogo-de-artifício da responsabilidade do artista pirotécnico francês Christophe Berthonneau. E, ao longo desse dia, a cidade vai celebrar a canção que encerra o disco, A Day in the Life, com realizadores criar um filme que tentará capturar a essência de Liverpool nessas 24 horas - o filme será depois estreado a 16 de Junho na Woolton Picture House. Vai haver também 64 coros de todas as idades e por toda a cidade a cantar a canção When I'm 64.




























O 50.º aniversário do disco é ainda assinalado com a estreia, na sexta-feira, nas salas de cinema inglesas, do documentário It Was Fifty Years Ago Today! Sgt Pepper & Beyond.




Nos dias atuais, um álbum como este nunca seria lançado, e muito menos reconhecido dado à pobre, patética e desolada indústria musical dos nossos dias. Uma geração que não sabe a verdadeira essência da Música, nem tem ouvidos para ouvir.
Para nossa alegria e sorte, ainda houve a verdadeira essência da Música o que permite à nossa geração despertar.




XO, 










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