Lady Bird [Resenha]

Todos vós já devem ter ouvido falar deste nome "Lady Bird", que esteve presente nas bocas do mundo e com grande destaque para os...

Todos vós já devem ter ouvido falar deste nome "Lady Bird", que esteve presente nas bocas do mundo e com grande destaque para os Óscares deste ano, e que sem dúvida, é um filme que tem todas as características para entrar para a história da 7ª Arte.

Eis a minha opinião da longa metragem de comédia dramática.


Dirigido por Greta Gerwing que baseou-se na nostalgia da sua infância para desenhar Christine ou Lady Bird (Saoirse Ronan) como prefere ser chamada. A sua personalidade extravagante e egocêntrica fazem-na uma personagem real, não como vemos nos outros filmes, em que todas as personagens principais são sempre heroínas. Christine é mais uma rapariga que nada tem de heroína, apenas uma adolescente com os seus problemas e dilemas na vida, muito dona de si, e que diz tudo o que pensa, e comete erros a montes!


A trama segue a jornada de auto conhecimento de Christine, com 17 anos e que vive em Sacramento (Califórnia), a pequena alma que quer voar mais alto do que pode. Uma alma livre de restrições e que quebra qualquer regra. Numa escola de freiras, Christine utiliza a ironia contra a religião e faz tudo para que possa se libertar dali que nada tem a ver consigo. 
Ela e a sua melhor amiga, Julie (Bennie Feldstein) mostram que ninguém é santo, e sem pudor elas falam sobre o que qualquer rapariga de 17 anos fala. 
O que facilmente nos identificamos e muito com a relação de ambas, todos já tivemos uma Julie na nossa vida...

A história é marcada pela relação tensa com a mãe, que ambas tem personalidades muito fortes, que acabam por se chocar muito, mas que no fim se amam até demais. Lady Bird sonha em estudar em Nova Iorque para seguir os seus sonhos em Arte na famosa cidade das oportunidades, ora esta não é uma visão que Marion ( Laurie Metcalf) partilha com a sua filha, já que o filme retrata o início dos anos 2000, época em que ainda se duvidava muito da Arte como forma de ganhar a vida.
A mãe de Lady Bird é sensata, realista ao extremo, ama a filha, mas já se contentou com as decepções da vida, os sonhos perdidos e o duro que é preciso dar para sobreviver e ainda criar os filhos.


Impulsiva, imprudente, explosiva e muito sonhadora, Lady Bird gosta de desafiar a mãe, mas quando ultrapassa os limites sente-se arrependida mas demonstrar isso não é o seu forte. 
Como todos os nossos relacionamentos com os nossos pais, esta é uma história que mostra cruamente a vida de uma adolescente diferente dos demais, mas que ao mesmo tempo se quer integrar na sociedade e não faz ideia como, o que todos nós a certa altura sentimos ( ou ainda sentimos...).















No final, Christine acaba por entrar na faculdade de Nova Iorque, após muito insistir. No entanto, quando está lá percebe que está sozinha e sente falta da sua cidade que tanto odiava e sobretudo, da sua mãe. Dos seus sábios conselhos e simplesmente dos seus abraços. 

Vemos que aceita a sua identidade como é, e abraça a sua individualidade.
Lady Bird é um filme puro que mostra a realidade, repleto de reviravoltas, cenas desconfortáveis, com um humor inteligente e uma introspetiva da jornada de auto-conhecimento para uma vida adulta.



XO,





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