Lemmy Kilmister - O Guerreiro do Rock´N´Roll

Hello! Lemmy, com toda a certeza, é a personificação do famoso lema "Sexo, Drogas & Rock´N Roll". Dono de um público que ...

Hello!

Lemmy, com toda a certeza, é a personificação do famoso lema "Sexo, Drogas & Rock´N Roll". Dono de um público que jamais envelheceu, uma Lenda através dos tempos e um Legado que ficará para sempre.
Amado pelo público e odiado pela indústria musical. A sua imagem era intimidante, mas por detrás daquela face trancada, havia um grande ser humano com um grande coração.
Hoje no blog acompanhamos o seu percurso tanto na vida como na Música.

O Nascimento da Lenda 

Na véspera de Natal de 1945 nascia Ian Fraser Kilmister já com um tímpano perfurado e coqueluche (tosse epidémica), mas até neste instante provou ser um grande sobrevivente. 
Quando tinha somente 3 meses, os seus pais separaram-se sendo que Lemmy fora criado pela sua mãe e avó. Nunca se relacionou com o pai, tirando um único encontro muitos anos depois.

Lemmy com 7 anos
Aos 10 anos estava a residir em Gales numa fazenda, pois a sua mãe estava com outro homem porém não se podiam casar devido a uma regra da Igreja que só aceitaria se Lemmy fosse bastardo ( isto poderá explicar o desagrado que ele tinha com a Igreja e a palavra bastardo, que mais tarde se tornaria uma fixação).

Foi nesta época que começou a ter interesse especial no Rock´N´Roll, raparigas e...bem, cavalos...
Gostos peculiares bastante cedo!

Anglesey era um local bastante rural, pacato sem nada para se fazer basicamente. Por isso, grande parte do seu tempo era ouvir a rádio BBC e foi assim que começou a introduzir a música na sua vida, tendo um impacto bastante importante.
O primeiro disco que ouviu e que foi uma verdadeira referência foi "Knee Deep In The Blues” de Tommy Steele And The Stellmen.

A experiência com as raparigas começou bem precoce, com apenas 13 anos, ele e um amigo pregaram uma partida num acampamento de miúdas. 

Lemmy descobriu uma revelação que iria mudar a sua vida: TOCAR GUITARRA!!!! Sim basicamente porque era uma forma de ter sexo. Como tal utilizou a guitarra do seu tio, uma Hofner Club 50 para começar a ter aulas para seduzir as "pobres inocentes".  

Entre o sexo, drogas e rock, posso colocar o rock em primeiro lugar, mas o sexo vem em segundo, bem perto. O rock é só um meio de conseguir mais sexo

Com 15 anos foi expulso da escola e como forma de castigo, tinha que levar as antigas típicas réguadas, mas como tinha cortado a mão com um canivete deu a outra mão ao funcionário, este só para contrariar bateu-lhe na mão que estava cortada e o golpe abriu ainda mais a ferida. Lemmy não tem mais nada, pega na vara e dá na cabeça do funcionário!

“Um tremendo filho da puta, era o que ele era”, dizia Lemmy na sua maturidade imatura.
Com o tempo a passar o pequeno Lemmy começou a crescer e então estava na altura de procurar um emprego, só que não. Lemmy teve alguns trabalhos temporários mas rapidamente desistiu da ideia, entre escolher cortar o cabelo e ficar no emprego, este escolheu deixar crescer o cabelo.
Com 16 anos assistiu a uma das primeiras apresentações dos Beatles no Cavern Club, banda que foi uma das suas maiores inspirações, admirando bastante a atitude sarcástica de John Lennon. Outra grande inspiração musical de Lemmy foi Little Richard, por este ser "louco e não mudar a sua excêntrica personalidade".
Beatles no Cavern Club 

Entrada no Rock N' Roll 

Mais que decidido a ser um rockstar, Lemmy com apenas 17 anos partiu com um amigo em busca da fama. De boleia em boleia, dormidas na estrada e muita "hospitalidade" de várias mulheres. Estavam num verdadeiro paraíso!


Em ´62, o Rock já estava consagrado na vida de

Lemmy, as mulheres não lhe faltavam e as drogas também iriam começar a estar presentes até ao fim da sua vida. Começou com a "delicada" cannabis mas o seu primeiro amor ( e favorito) foi o speed, que rendeu a música "White Line Forever". Foi nesta altura que conheceu Cathy, uma rapariga de Manchester com 15 anos, com quem teve o seu primeiro filho. O filho de ambos foi dado para a adoção e Lemmy virou costas ao seu filho, como o seu pai fez.

Este era um comportamento que iria tornar-se bastante típico na sua vida: apaixonar-se, envolver, sufocar e abandonar.
Formou várias bandas ( mas óbvio com ajuda da mãe, sem os restantes membros sa
berem), porém foi só a partir da sua banda ROCKIN´VICARS que as coisas começaram a melhorar. Uma banda que utilizava bastante apetrechos no palco e carismáticos. Neste ano, seria "pai" novamente com Tracey, porém esta criou o filho sozinha.
Por indicação do guitarrista dos The Birds, Lemmy foi roadie de Jimi Hendrix em 1967, que segundo ele, "foi uma honra".

Hawkwind

Até 1971 as coisas iam por este caminho: traficar para viver ( inclusive foi preso por ser apanhado com cerca de 1 kg de erva), frequentar clubes, biscates. Porém, por entre este ciclo vicioso, Lemmy conheceu Dik Mik Davies que o conduziu aos Hawkwind.
O ambiente da banda era bastante pesado numa era de "paz e amor". Já para não referir o elevado excesso de speed e as várias trocas de membros durante a existência da banda. O facto de não terem obtido grande sucesso e passarem despercebidos pelos críticos musicais, fazia com que a tensão aumentasse ainda mais.
Contudo, lançaram o single "Silver Machine" que é considerado um clássico até os dias de hoje.
Lemmy teve então uma ideia brilhante que iria fazer dele um músico completamente inovador: transformou o baixo em guitarra base.

Silver Machine:

O seu Grande Amor e a Perda

Uma das maiores perdas que Lemmy enfrentou na sua vida foi a trágica morte da sua namorada inglesa Susan Bennett, em 1973, por uma overdose de heroína, o que aumentou o seu ódio por essa droga. "It´s a rotten drug", como ele dizia.
Dedicou a sua autobiografia a Susan - "Susan Bennett que podia ter sido a única", que foi lançada em 2002.

Os dois discos e a Saída

Foram lançados dois discos menos experimentais e com muito mais Rock, e digamos, mais alucinogénas com Lemmy assumindo os backvocals e o baixo. Hall of the Mountain Grill (1974) e Warrior on the Edge of Time (1975).

Hall of the Moutain Grill
Warrior on the Edge of Time













Começa-se a instalar o caos na banda, os membros não suportavam as atitudes de Lemmy, chegando a boicotar as suas letras, mas uma música chegou ainda a ser gravada - Motorhead (gíria da época nos EUA que descrevia viciados como ele em speed).

Fartos de Lemmy por estar mais tempo ocupado com mulheres e drogas, e quando foi apanhado por transportar sulfato de anfetamina foi o extremo para a banda e expulsaram-no. Óbvio que Lemmy não se ia deixar ficar sem uma "pequena" vingança: foi para a cama com todas as namoradas dos membros da banda

"Foi mais uma experiência educativa, pode-se dizer. Engulam essa, filhos da puta!”.

Motörhead


Após a saída dos Hawkwind, Lemmy rapidamente começou os preparativos para outro projecto que iria ser o definitivo e uma lenda imortal. Como qualquer banda no seu início as coisas não estavam animadoras, as suas musicas não passavam de covers dos Hawkwind.
Foi então que Lemmy conheceu o baterista que iria mudar o percurso da banda, Philthy Animal, um ex-skinhead que tocava ferozmente, exatamente do jeito que Lemmy queria.
"On Parole" era diferente de tudo o que existia na época, o seu som era mais metal do que Queen e Led Zeppelin juntos e era punk antes do punk. Mas não agradou à editora, sendo somente lançado em 1979, o que resultou num grande erro, visto que o álbum era bastante inovador para a época.

O primeiro ano foi marcado por contratos, concertos e críticas negativas, por pouco a banda terminaria, sem dinheiro para o aluguer dos equipamentos, tiveram que recorrer a ajuda.

Todavia, um contrato em ´77 iria mudar as coisas para melhor, regravaram "On Parole" dando outro título com o nome da banda "Motörhead", aclamado pela crítica e conseguiu atingir a 43ª posição nos topos do Reino Unido.
Foi então que o famoso logo foi criado, o Snaggletooth.





"Overkill" foi um dos álbuns com maior sucesso, mudando a história do metal para sempre, inspirando aquilo que viria a ser o thrash metal. "Bomber" saiu poucos meses depois, e foi um êxito estrondoso, subindo à 12ª posição dos topos.


Motörhead - Overkill 1979.jpg
Overkill (1979)

Bomber (1979)














"Ace of Spades" teve um grande impacto na sua carreira em 1980, pois consagrou os Motörhead como uma das maiores bandas de hard rock/heavy metal, muito desse sucesso deve-se ao seu single com o mesmo nome, com uma sonoridade apocalíptica aterradora como a chegada de uma tempestade, a presença da voz agressiva bem como o baixo explosivo, torna ainda algo mais característico e único da banda. "Ace of Spades atingiu a 4ª posição na Inglaterra, com direito a digressões arrebatadoras, com efeitos de pirotecnia que lembrava e muito a 2ª Guerra Mundial, sem contar com o poder ensurdecedor dos amplificadores que colocava toda gente louca e surda.

 

“Iron Fist” e os primeiros desentendimentos

Depois de atingirem o auge, com os grandiosos álbuns “Ace Of Spades” (1980) e o “No Sleep 'til Hammersmith” (1981) (primeiro álbum ao vivo dos Motorhead, um disco cru, sujo e barulhento, um verdadeiro disco digno de se chamar rock n’ roll), que deu um salto direto para a 1ª posição dos topos.

O próximo álbum “Iron Fist” estaria um pouco distante de atingir a qualidade e o sucesso dos seus anteriores e em consequência disso vivia-se um ambiente tenso, turbulento e nada amigável. 
Lemmy mais tarde afirmaria que realmente o disco era fraco.

Para piorar mais a situação, Lemmy insistiu que a banda deveria de gravar com a Wendy O. Wiiliams, da banda The Plasmatics considerada a mais controversa e radical vocalista dos seus tempos, Lemmy para além de adorar a postura rebelde da cantora, bem como gostava da ideia de aproximar os Motorhead de um público diferente. Eddie discordou desde o início e não contribuiu nessa gravação.

Começa então uma chuva de provocações de Lemmy a Eddie devido ao seu isolamento, numa dessas provocações surge um “vai te foder” depois disso, Fast Eddie Clark sai dos Motorhead. Por outro lado a relação entre Lemmy e Phil também era bastante conturbada, não era para menos, duas personalidades tão fortes como aquelas, era quase impossível que não se chocassem severamente.















A troca mais estranha do Rock

No lugar de Eddie, entra Brian Robertson (conhecido também como Robbo), elemento dos Thin Lizzy. No que resultaria numa das trocas mais estranhas do mundo do Rock, para além de ser conflituoso, era usuário de drogas, com um ego das dimensões das galáxias, tinha o “dom” de não se encaixar na banda visto que tinha um estilo meio “Maria Amélia” coisa que o Lemmy não tolerava assim muito.

Começava a gravação do mais renegado disco dos Motorhead, o “ Another Perfect Day”. Este álbum tornou-se um dos menos vendidos da banda, os fãs sentiam-se desiludidos com a troca de guitarrista e a não compreensão da impressa contribuiu para o fracasso.

A digressão da divulgação do disco foi igualmente um fracasso, chegando até a haver cancelamentos devido à fraca venda de ingressos. “Eu sempre achei que era um dos nossos melhores discos. Mas o que eu posso fazer? A malta detestou”. Dizia Lemmy mais tarde. 
Robbo quase que sofreu uma crise nervosa derivado ao abuso de álcool, pouco mais tarde foi demitido por Lemmy e Phil. Os Motorhead encontravam-se sem guitarrista, estava mais que na hora de alguém ocupar esse cargo, mas à última da hora Phil resolveu abandonar o barco para formar uma banda com Robbo!!! POIS COM ELE MESMO. "Estou fodido. A banda acabou...” disse Lemmy ao seu empresário.

Nova Formação


Lemmy, Würzel, Phil Campbell e Pete Gill, era esta a nova formação da banda, que já se preparavam em estúdio para a gravação do novo álbum “Orgasmatron”.

Sei que muitos fãs gostam dele. Mas odiei totalmente

Mas esta nova formação não durou muito, Pete Gill saiu da banda por não suportar Lemmy, e depois quem ocuparia o seu lugar!? Nada mais, nada menos que o nosso grande e lendário ANIMAL, sim estou a falar do ex-skinhead Phil, que abandonou os Motorhead para fazer um projecto com o Robbo.


Adeus Londres, Olá Los Angeles

A situação dos Motorhead, não andava nada famosa desde o ano 1983, o novo disco de 87 “Rock N´Roll” manteve-se na dura realidade dos anteriores, as coisas continuaram estagnadas, desde brigas, trocas de elementos, empresários de merda, discos e digressões que não vendiam e.t.c.

Lemmy perante esta situação assombrosa decidiu abandonar de vez a cidade cinzenta de Londres e foi morar para Los Angeles a cidade do Sexo, Drogas e Rock N’ Roll, o seu verdadeiro paraíso.


1916 (álbum)

Os anos 90 começavam um pouco mais animadores, com o regresso dos Motorhead em força no álbum (1916) de 1991, álbum esse foi até inclusive indicado para o Grammy de 1992, mas competir com os Metallica que na altura tinham lançado o (Black Album) seria algo quase impossível, já para não falar da farsa que são os Grammys.

(Para ser franco sempre detestei os Grammys, quando vês “artistas” como Justin Bieber e Beyoncé ganhar esse prémio e vês nomes como os The Doors, Led Zeppelin, Queen entre outros que ficam literalmente a ver navios , é caso para se dizer que se fodam os Grammys). 



















March or Dire, saída de Phil e parceria com Ozzy

Em 1992 sai o disco “March Or Die” e não demorou muito para que houvesse uma nova saída na banda, PARA VARIAR. Phil foi demitido derivado ao seu estado lamentável, completamente afundado nas drogas. “Não podíamos confiar nele nem para tocar “Overkil”, a música que ele praticamente inventou porra” .

No lugar de Phil Animal entrou Mikkey Dee, considerado um dos melhores bateristas de sempre, foi membro das bandas Dokken e Helloween.

É no álbum “March Or Die” que encontramos a mítica faixa “I Ain’t No Nice Guy” onde se dá o encontro de grandes lendas do Rock – Lemmy e Ozzy nos vocais e o Slash na guitarra. Visto que os Guns N’ Roses e Ozzy Osbourne desfrutavam de uma grande popularidade na época, que especulava-se que" I ain´t No Nice Guy " fosse um grande sucesso nas rádios. Mas de acordo com as palavras do Lemmy – “a Sony tentou matar o recorde”.
Neste álbum também temos a lendária musica “Hellraiser” escrita por Lemmy Kilmister, Ozzy Osbourne e Zakk Wyld.




















De novo um trio

Lemmy Kilmister, Phil Campbell, Mikkey Dee, são agora o novo trio dos Motorhead, sendo Lemmy o único elemento da formação clássica da banda. Na minha opinião e na opinião de muita gente este trio tinha a mesma personalidade, qualidade e inspiração do trio anterior, Lemmy por muitas vezes esteve numa situação desesperadora para conseguir manter a banda. Este trio tornou-se definitivo.


Paixões Bizarras

Tornou-se cada vez mais frequente encontrar o Sr Lemmy no famoso bar Rainbow, a beber a sua bebida predilecta Jack Daniel’s com Coca-Cola, outras vezes bebia Whisky e refrigerantes com os cigarros acompanhar, totalmente viciado nos jogos. A sua grande paixão nesta época eram os artigos de guerra, especialmente material nazista. O que lhe deu problemas mais tarde como acusações de que seria nazista. “Não me digas que eu agora sou nazista porque eu uso o uniforme. Em 1967 eu tive a minha primeira namorada negra e várias outras. Eu nunca entendi o racismo, nunca foi uma opção para mim." Lemmy defendendo-se das acusações.

Lemmy no seu apartamento em Las Vegas

Anos 2000 e o retorno do auge

Se existe uma década em que os Motorhead aproximaram-se do sucesso que tiveram no final dos anos 70 e inicio dos anos 80, essa década foi a de 2000, (SEM DÚVIDA) o lançamento de álbuns como “Inferno” (2004) e “Kiss Of Death”(2006) falam por si. 

Somos uma das poucas bandas que não te decepcionam. Somos sempre verdadeiros. Nunca tivemos plano nenhum, só tocamos a música de que gostamos.

No entanto as polémicas continuavam a todo o vapor (NOVIDADE) a maioria ligada ás acusações de Lemmy ao seu“fascínio” pelo nazismo. Certa vez alguém entrou no autocarro da banda sem bater, e visualizou um Lemmy vestido com uma farda nazi a chicotear uma mulher nua. (SE PENSAM QUE ISSO É TUDO) seria a vez de Lemmy tirar uma foto a usar um quepe nazi, logo na véspera da sua apresentação na Alemanha. As suas brincadeiras poderiam ter-lhe causado graves problemas com a justiça, pois é ilegal usar símbolos nazistas segundo o Código Penal alemão.





















Aos 65 anos nada parecia parar Lemmy \m/

Em 2010 o disco “The World Is Yours” trazia novamente os Motorhead aos topos dos topos, alcançando assim o virtuoso 1º Lugar nas paradas de metal e rock do Reino Unido, atingiu também o 4º lugar dos discos de hard rock da Billboard.


A idade e os excessos era algo que não pesava na idade de Lemmy, que por esta altura já tinha os seus 65 anos, continuava com o mesmo estilo de vida de sua juventude, regado de muito sexo, drogas e rock n’ roll, era como se tivesse tomado um medicamento para a imortalidade. 
Tenho a certeza de que toda a gente que passou a comer pão de nozes ficou muito irritado com isso. Não faço nada para manter-me em forma.

A forma clássica que Lemmy tinha de cuidar da sua saúde.






















Aproximação do Filho

Nos últimos anos da sua vida, Lemmy aproximou-se muito do seu filho Paul Inder, que conheceu quando ele já tinha 6 anos.
O Líder dos Motorhead mostrava ser um homem duro e frio, mas algo inesperável surgiu quando um entrevistador do documentário “Lemmy: 49% Motherfucker, 51% Son Of A Bitch” perguntou-lhe:
“Qual é a coisa mais importante para ti nesse apartamento”, ao que Lemmy, após olhar ao seu redor, respondeu: “Meu filho”.

Lemmy e o seu filho Paul

Problemas de saúde e cancelamentos

Em 2011, Lemmy começava a drástica soma de uma vida de excessos, foi-lhe diagnosticado uma perigosa arritmia cardíaca, que poderia causar a sua morte, foi nesta altura que começou a reduzir nos seus amados vícios.
Mas ainda não era desta que a morte bateria à sua porta, mas sim numa porta não muito ao lado, aos 61 anos morria Wurzel ex-guitarrista dos Motorhead por doença cardíaca. 

Com ou sem fôlego ainda é tempo para continuar a gravar discos, em 2013 é lançado “Aftershock”, mas a digressão europeia teve algumas datas canceladas derivado aos seus problemas de saúde, as pessoas mais próximas de Lemmy já sabiam da gravidade da situação.
Cada concerto cancelado gerava-lhe um grande sentimento de culpa e impotência,ele sempre estava muito consciente de que as pessoas economizavam para assistir aos seus concertos e viagens”, revelou o seu velho amigo Morat.
Os cancelamentos foram aumentando de frequência. A sua saúde frágil já era pública os fãs já se perguntavam“até quando Lemmy irá resistir”? (FUI UM DELES)

Ainda aconteceram datas em festivais importantes como o Coachella Valley e o cruzeiro da banda, o Motorhead´s Motorboat”, mas cada concerto exigia mais de Lemmy.


Quase todos os meus sonhos foram realizados, não sobrou muita coisa. A maioria das pessoas nunca tem um sonho realizado, então eu tenho muita sorte e fico feliz com isso.

Acabar em Grande


Os Motorhead caminhavam rumo ao seu triste destino, mas sem antes lançarem o seu ultimo disco, um disco intimidador e honroso uma óptima forma fechar um ciclo de 40 anos de muita loucura e rock n’ roll, atingiu o Top 10 e ainda alcançou o primeiro lugar na França e Alemanha.


Cancelamentos importantes continuavam acontecer, erros nas letras das músicas ao vivo, desde saídas do palco a meio do espectáculo, a saúde de Lemmy piorava a cada instante e era uma luta contra o tempo e contra todos os excessos de décadas, o jovem, resistente e feroz Lemmy era agora um idoso de quase 70 anos verdadeiramente doente, que não se conformava com a situação. (ELE QUERIA SER ENERGÉTICO ETERNAMENTE)
Como se ainda não bastasse, não haviam boas novidades, Phil Animal Taylor morria de falência hepática. 


Músicas Fundamentais dos Motorhead



1 – Damage Case (1979)

2 – Overkill (1979)

3 – Ace Of Spades (1980)

4 – Killed By Death (1984)

5 – Hellraiser (1992)

6 – I Ain’t No Nice Guy (1992)

7 – The Game (2002)

8 – King Of Kings (2006)

9 – Rock Out (2008)

10 – Brotherhood Of Man (2010)



R.I.P Lemmy Kilmister

(Antes que pudesse falar da sua morte, não poderia deixar para trás o seu grandioso aniversário dos seus 70 anos, que foi comemorado antecipadamente, com grandes nomes convidados como Matt Sorum, Slash, Duff McKagan, Lars Ulrich, Robert Trujillo, Scott Ian, Charlie Benante, Zakk Wylde, Billy Idol, Steve Vai, Sebastian Bach, entre outros).

No dia 28 de Dezembro de 2015, morre Lemmy Kilmister, vítima de cancro, a noticia da morte da lenda do rock, correu pelos quatro cantos do mundo à velocidade da luz.
Foi um marco, uma grande figura no Rock N´Roll, inovou a sonoridade do baixo, transformou a sua música em droga speed e ficou para sempre um nome e uma grande figura para a História.

Não tenho arrependimentos. Não há sentido para arrependimento. É tarde demais para isso...estou muito feliz como as coisas aconteceram. Prefiro pensar que trouxe felicidade para muita gente.



Até à próxima!

//As Crónicas de Tiago//








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