Centra-se numa família com um passado meio conturbado que se muda para uma casa que tem muitos segredos. O casal e a sua filha adolescente, Violet (minha personagem preferida, tem uma densidade psicológica muito forte) testemunham determinados eventos que os leva a questionar a sua própria sanidade já que a casa é marcada pelo horror e terror ao longo dos séculos. 

Ocorre no ano de 1964 e segue as histórias dos pacientes, médicos e freiras que ocupam uma instituição para criminosos considerados loucos. O realizador relata bem o poder da Igreja nesse tempo em instituições psiquiátricas bem como as atrocidades cometidas por esta. Também relata os casos reportados por diversas pessoas sobre extraterrestres e qual o poder que eles exercem no Homem. 

Regressa aos dias atuais, na cidade de Nova Orleães, e exibe os acontecimentos de um clã de bruxas originadas de Salém e do vodu, segue também a trama histórica e lúdica de bruxas que buscam sobreviver e resistir a extinção da espécie que ao passar dos anos tende a diminuir. Demonstra também a escravatura do século XIX.

Retrata um espectáculo de aberrações na cidade de Jupiter, Flórida, em 1950. O elenco é composto por pessoas com doenças raras o que torna ainda mais especial e única esta temporada. Penso que a mensagem que esta temporada tentou transmitir foi que não importa como és por fora, ser diferente é bom, não é uma coisa negativa. 

De volta aos tempos modernos. mas que faz sempre ligação com o passado, esta temporada passa se num hotel macabro repleto de segredos obscuros. Fazes check in, mas não fazes check out... Acho que foi a série que mais chocou até agora devido ao contudo sexual, linguagem e até a própria história. Teve a participação de Lady Gaga como papel principal (visto que Jessica Lange saiu) e teve um excelente desempenho o que lhe garantiu o seu primeiro globo de ouro. No entanto, tanto como Sarah Pulson ou Evan Peters tiveram uma melhor prestação do que Gaga e acho que foi injusto não terem sido premiados..

American Horror Story: Roanoke traz a história do casal Shelby (Sarah Paulson) e Matt (Cuba Gooding Jr) contada como um falso documentário, e mistura elementos da lenda de Roanoke – que havia sido brevemente contada durante a primeira temporada ('Murder House').

Roanoke é uma colónia fundada por britânicos no estado americano da Carolina do Norte. Três anos após sua fundação, uma expedição inglesa descobriu que os 116 habitantes do local haviam simplesmente desaparecido, sem rastros de conflito - apenas a palavra "Croatoan" cravada em uma árvore. O motivo para o sumiço destas pessoas até hoje não foi solucionado por historiadores, levantando diversas teorias relacionadas ao sobrenatural.

Esta nova temporada explora elementos da controversa eleição presidencial que ocorreu nos EUA ano passado, declarando Donald Trump o novo presidente do país – o que, para muitos, foi visto como um retrocesso e verdadeiro “horror” na sociedade contemporânea. Com uma trama engajada em questões políticas e sociais – além de se abster de subtramas sobrenaturais (por enquanto!) –, esta é a temporada mais “pé no chão” da série até o momento. 

Há um horror real quando somos confrontados com temas tão próximos da nossa própria realidade, que acaba assustando muito mais do que monstros na floresta.