Black Sabbath

Hello! Peço desculpa a todos vós pela minha ausência no blog, queria ter feito muitos mais posts e tinha tudo planeado, mas como sempre ...

Hello!
Peço desculpa a todos vós pela minha ausência no blog, queria ter feito muitos mais posts e tinha tudo planeado, mas como sempre os meus planos saem sempre furados...

Hoje na Música do blog uma das melhores bandas de Hard Rock ( ao contrário do que muitos dizem, os Black Sabbath não são uma banda de heavy metal) e que conquistaram o Mundo do Rock com o seu som mais obscuro e os míticos riffs pesados de Iommy, e claro, com a excêntrica personalidade que era e é Ozzy Osbourne.

1966, Inglaterra, a explosão musical acontecia com os ícones Beatles... 
Numa pequena cidade perto, em Berminghan mais precisamente, estava um jovem de apenas 18 anos, John Osbourne, numa pequena loja de discos, contudo a sua atenção não estava nos demais discos mas sim na "missão" de colocar o seu anúncio naquela parede de tijolos. O seu anúncio na parede dizia que procurava uma banda para ser o vocalista. Ozzy já tinha tido essa experiência numa banda anterior, conhecida por Winson Green.

Tony Iommy, um grande guitarrista obcecado por riffs de blues e Bill Ward, um baterista, viram esse anúncio, na loja e como tinham acabado de sair da sua banda anterior, a proposta era como um milagre para o seu velho sonho. 
Tony já conhecia Ozzy de longa data, os dois tinham estudado juntos na infância, mas o passado não tinha sido muito bom, uma vez que Ozzy levava surras de Tony, porém isso ficou para trás das costas e ambos se unirão para realizar um propósito maior.
Ao grupo ainda se juntaram mais dois músicos, Geezer Butler e Jimmy Philips, ambos guitarristas. Mas é complicado uma banda com três guitarristas, logo Geezer, que nunca havia tocado num baixo, assumiu o papel de baixista da banda.

Juntos com o saxofonista Alan "Aker" Clarke formam o The Polka Tulk Blues Company, que teve o nome encurtado para Polka Tulk, o que na altura já era notável os solos de guitarra que iria mais tarde compor. Como o nome sugere, era um grupo que estava mais ligado ao blues. 
Quando Phillips e Clarke saem, o grupo muda de nome para Earth.

Earth era influenciado por Cream, Blue Cheer, Jimi Hendrix e faz uma série de concertos na Inglaterra e Alemanha e principalmente em Hamburgo. O grupo sofre uma pequena crise quando Iommi deixa a banda para ingressar no grupo Jethro Tull, em outubro de 1968. Porém, não resulta e Tony acaba por voltar ao grupo, em janeiro de 1969.





Durante apresentações na Inglaterra descobrem que havia outra banda de mesmo nome e resolvem adotar o nome Black Sabbath, inspirado num filme de terror dos anos 60 estrelado por Boris Karloff.

Assim, Ozzy (John Michael) Osborne, Tony (Frank Anthony) Iommi, Geeze (Terence Michael) Butler e Bill (William Thomas) Ward formam um das mais clássicas bandas da história: Black Sabbath.

Jim Simpson fica a ser empresário da banda, fechando contrato com o selo especializado em grupos progressivos, Vertigo. Apesar de terem recebido pouquíssimo dinheiro, o grupo estava sedento para gravarem as primeiras músicas, e em incríveis três dias e por módicas 600 libras é gravado o primeiro disco, que levava apenas o nome do grupo, Black Sabbath.
Gravado em janeiro de 1970 e lançado no dia 13 de fevereiro, o álbum foi produzido por Roger Bain, o disco havia sido precedido, em dezembro do ano anterior, pelo primeiro compacto do grupo, Evil Woman, que fez sucesso algum.
Apesar da inexperiência, do pouco tempo para se gravar - boa parte do disco foi gravado "ao vivo" no estúdio.

Segundo Iommi, a banda levou dois dias gravando e apenas um dia para a sua mixagem, um verdadeiro milagre. Os vocais de Ozzy, inclusive, foram gravados ao vivo.
Apesar de ter ainda momentos em que lembrava o antigo Earth, com Ozzy empunhando uma harmónica, percebe-se a força da banda, especialmente nos riffs lentos e pesados do canhoto Iommi, que tinha um som próprio, ao perder a ponta de dois dedos da mão direita num acidente que teve numa fábrica de aço, aos 17 anos.
Com canções tocadas nos concertos, o disco teve duas edições completamente distintas, a britânica e a norte-americana.
Apesar do nariz torcido da crítica, o disco fez enorme sucesso chegando ao oitavo lugar na parada britânica.

A obra começa com "Black Sabbath", com batulhos de chuva, sinos e um solo lento e pesado de Iommi, além dos vocais assustadores de Ozzy. Não havia paralelo para tal coisa naquela época.

A edição norte-americana saiu em maio de 1970, chegando ao 23º posto, um excelente resultado, apesar de ser extremamente criticado pela crítica e vendas acima de 1 milhão de cópias. 
O disco trazia letras falando de satanismo "N.I.B. seria uma história contada pelo próprio Lúcifer - e a capa traz uma figura vestida de preto.

O sucesso na América faz com que a banda entre rapidamente em estúdio para lançar um novo LP. E o resultado seria impressionante.


Quando entraram em junho de 1970 nos estúdios Regent Sound e Island, novamente com Roger Bain, a banda tinha pouco material produzido e deixaram "Paranoid", para o último minuto.
Bill Ward conta que Iommi começou a tocar o riff e ele escreveu a letra naquele momento, rapidamente.
O disco, aliás, teve várias mudanças no seu percurso. Primeiro, o nome seria War Pigs, música que abre o disco e uma clara referência à Guerra do Vietname.
Uma das coisas mais importantes que esta banda fazia,  era a objetificação do mercado norte-americano. 

Com mais tempo para gravar, os Sabbath começaram a desenvolver o som clássico do grupo e as letras faziam referências às drogas, sexo, problemas mentais e críticas à guerra.
Mas enquanto era produzido, a gravadora editou o compacto Paranoid, que chegou ao quarto lugar na parada no Reino Unido, dando um enorme susto no grupo, que até apareceu no programa Top of the Pops.
Além disso, a Warner - gravadora da banda nos EUA - não queria um título referente ao Vietname, que ainda ardia na consciência da população local...


Ok! Título mudado, havia um outro problema: não teria como mudarem a capa a tempo e acabou por sair uma foto que nada tem a ver com o título do álbum. A edição inglesa tinha ainda, no encarte, uma foto da banda, com Toni, Bill e Geeze de um lado e Ozzy, do outro.

Pela primeira vez, o Sabbath podia mostrar toda a sua personalidade e, apesar de muitos escreverem sobre satanismo e temas negros nas resenhas, os Sabbath abordava outros temas. Assim, a própria "Paranoid", fala de problemas mentais, "Electric Funeral" aborda o dia seguinte de uma guerra nuclear. "Hand of Doom" era uma canção contra o uso da heroína, apesar da banda entrar no vício desta...






A primeira digressão pelo país foi excelente e motivou o lançamento de um novo compacto, Iron Man. Apesar de ser um dos grandes clássicos do grupo, fracassou na parada, não ficando nem entre as 100 mais.
Apesar de ser críticado novamente, Paranoid chegou ao topo da parada britânica e em 12º na América, com vendas superiores a 4 milhões de cópias.


"Master Of Reality", o terceiro álbum dos Black Sabbath, foi lançado em Agosto de 1971.
Os Black Sabbath gravaram o álbum "Vol 4" no início de 1972, com músicas melódicas, cuidadosamente escritas e tocadas como Cornucopia e a instigante Laguna Sunrise, uma composição instrumental que se tornaria uma das marcas registadas da banda.
Considerado um dos clássicos do hard rock, o álbum de 1973, "Sabbath Bloody Sabbath", foi aclamado pelo público e pelas crítitcas. Músicas como Killing Yourself To Live, Looking For Today e a faixa título aliavam o som poderoso da banda e letras mais amplas. Produzido, escrito e gravado pela banda, "Sabbath Bloody Sabbath" foi um ponto alto na longa carreira da banda.


Quando o lançamento do sexto álbum da banda,"Sabotage" em 1975, não ficava, apenas, comprovada a competência da banda, mas também era óbvio a melhoria dos arranjos, produção e lirismo. "Sabotage" é um álbum com os Black Sabbath ainda no topo da carreira.












"We Sold Our Soul For Rock And Roll" foi uma devastadora colectânea, composta por 14 temas, tudo clássicos do hard rock e heavy metal. Trata-se de uma excelente amostra desde o primeiro registo da banda até "Sabotage".













"Technical Ecstasy" trata-se de um dos mais inventivos e originais álbuns de estúdio dos Black Sabbath. Carrega consigo músicas típicas da banda, como Back Street Kids, Gypsy, Rock 'N' Roll Doctor e a principal do álbum, Dirty Women.
Sendo o oitavo álbum de estúdio de uma carreira que se extende por mais de duas décadas, o lançamento de "Never Say Die", em 1978, traz consigo algumas das mais memoráveis letras. "Never Say Die" captura toda a força da formação original. 
Este foi o último com Ozzy na liderança da banda e inclui as músicas Johnny Blade, Breakout, Shock Wave e a faixa título, todas elas tocadas no reportório da banda ao vivo.

Em 1979, Ozzy Osbourne é substituído por Ronnie James Dio devido aos seus comportamentos conflituosos com os membros da banda, os seus problemas com a droga e com alcoól fizeram Ozzy se tornar ainda mais imprevisível e, lunático até... Ozzy acabou por seguir uma carreira a solo, que ainda hoje persiste, e que de facto é brilhante. (Irei falar de Ozzy Osbourne num próximo post).

Foi a primeira mudança ( radical e trágica) de formação do grupo em mais de uma década. "Heaven And Hell" foi o primeiro álbum com o novo cantor. As músicas foram escritas pela banda com a participação de Dio.
Lançado em 1981, o segundo álbum com Dio nos vocais e o primeiro com o novo baterista Vinnie Appice, "Mob Rules" apresenta músicas massacrantes como Turn Up The Night, Slipping Away e The Mob Rules.


O álbum "Born Again", de 1983, trazia como vocalista Ian Gillan, originalmente membro dos Deep Purple. O baterista original dos Sabbath, Bill Ward, fazia neste álbum, o seu regresso à banda. Alguns dos destaques deste álbum são Trashed, Digital Bitch e Zero The Hero. Na digressão, Bev Bevan, substituiu Bill Ward. Após a digressão, Bev Bevan e Ian Gillan deixaram a banda. 
Bill Ward acabou por voltar e a banda experimentou um novo vocalista, Dave Donato, porém este foi demitido da banda após uma entrevista muito egocêntrica. 
Tentaram novamente manter a banda no ar com o vocalista Ron Keel. Finalmente, com a saída de Geezer Butler, os Black Sabbath "acabaram".


Três anos mais tarde, em 1986, Tony Iommi lançou o álbum "Seventh Star", anunciado como "Black Sabbath featuring Tony Iommi". Deveria ter-se tratado de um álbum a solo de Iommi, mas a editora decidiu usar o nome dos Black Sabbath. Glen Hughes, dos Deep Purple, foi o vocalista. Durante a digressão americana Glen Hughes saiu, sendo substituido por Ray Gillen.
Em 1987, os Black Sabbath lançaram o seu décimo quarto álbum de originais, "The Eternal Idol". A formação da banda no álbum assentava em Tony Iommi, Tony Martin, Bob Daisley, Bev Bevan e Eric Singer. Ray Gillen, aparentemente, gravou este álbum e saiu antes que ele fosse lançado e Tony Martin regravou os vocais.

1992 foi um ano "histórico" para os Black Sabbath. Foi o ano da reunião de Ronnie James Dio, Geezer Butler, Tony Iommi e Vinnie Appice. O álbum "Dehumanizer" foi aguardado e aclamado por todos. Alguns dos "hits" foram Time Machine, TV Crimes, Master Of Insanity e Sins Of The Father. Time Machine fez parte da banda sonora do filme "Wayne's Worls".

Já em meados de 1997, Ozzy actuou novamente ao lado de Geezer Butler, e Tony Iommi na Ozzfest, um festival com algumas bandas da cena pesada mundial. 
Após a Ozzfest, levaram a cabo uma reunião dos quatro membros fundadores da banda. Esta reunião foi levada a cabo e foi constituída por dois concertos em Dezembro de 1997.

Em 2013 os membros fundadores da banda voltaram a unir-se para os míticos Sabbath, com o disco "13", voltado em grande como as lendas que são no Rock. O single " God is Dead?" rendeu aos Sabbath um Grammy Award para "Best Performance Metal".

Em 2016, os Black Sabbath unirão forças pela última vez com o álbum "The End", este foi acompanhado por uma digressão de despedida pelos 4 cantos do Mundo, fazendo o adeus onde tudo começou, em Berminghan.

Com Paranoid, os Sabbath deixaram o passado da banda de blues bem distante e começava uma das mais famosas e impressionantes lendas no meio do rock, regadas com muitos decibéis, groupies, drogas, brigas homéricas, horas intermináveis em palcos e em estúdios e egos inchados, tornando-se um dos maiores nomes do Rock de todos os tempos.

Até à próxima caros leitores e ouvintes da boa Música,

XO



You Might Also Like

2 Comments

  1. Os Black Sabbath fazem parte das minhas bandas favoritas, é sempre uma tristeza, quando uma grande banda como esta chega ao fim das suas atividades, na verdade o fim ás vezes pode ser realmente o inicio de muita coisa, no final dos anos 70 seria impossível imaginar que ainda em pleno ano 2017, teríamos um Ozzy com 68 anos, ainda cheio de energia, com uma carreia a solo de fazer inveja a qualquer um.. AMOR ESTÁ UM POST EXCELENTE...NUNCA DESISTAS, UMA BOA CONTINUAÇÃO \m/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O final das bandas nunca é o final, elas são lendas e especialmente bandas como estas que sem dúvida que nunca irão ser jazidas.
      Obrigada!

      Eliminar