O Paganismo e Wicca

Hello! Primeiro para entendermos melhor o mundo Wicca, temos que perceber o que é o paganismo já que Wicca é, na sua essência, ape...

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Primeiro para entendermos melhor o mundo Wicca, temos que perceber o que é o paganismo já que Wicca é, na sua essência, apenas uma das muitas religiões do mundo que podem ser agrupadas sob o manto de religião Pagã. 
A palavra "Pagão" provém do latim "paganus", que é aquele que mora no "pagus", no campo, na Natureza. Assim, pode-se dizer que, em termos religiosos, o Paganismo é o culto e o respeito às forças da Natureza. 
Para o Pagão, toda a Natureza é viva, é Sagrada - e os seus deuses e deusas refletem essa crença, oferecendo conforto e equilíbrio àqueles que compreendem o real significado de se respeitar a Natureza.

Muitos equívocos são propagados quanto ao real sentido da palavra "paganismo", por dicionários, enciclopédias e até mesmo pelos seguidores. Em alguns casos, o termo pagão é empregue como sinonimo de não-cristão - o que é um grande erro, pois assim se incluiriam religiões como o Judaísmo, o Islã e outras, as quais não possuem componentes distintamente "pagãos" no sentido real da palavra - ou seja, de respeito à Natureza. 
Noutros, um "pagão" é aquele que ainda não foi batizado no cristianismo. Em outros mais, os termos "paganismo" e "ateísmo" são confundidos, pois ateu é aquele que não crê em nada, não possui religião - bem diferente da noção de paganismo enquanto caminho religioso.

Com a expansão do Cristianismo, a palavra pagão foi redefinida como alguém que adorava os velhos deuses e deusas e não adorava seriamente o novo Deus cristão. Nos primeiros anos do movimento cristão, ser pagão ainda não indicava a “grande” heresia que, mais tarde, levaram às perseguições e aos horrores da Idade Média praticados pela Igreja Católica.

Mas quem são os pagãos? Originalmente, esse termo era empregue para diferenciar os seguidores das religiões da Terra, dos muitos deuses e deusas da Natureza. É este o sentido que adotamos quando utilizamos o termo "paganismo". Assim, costumamos nos referir às culturas pré-cristãs da Europa e das Américas (apenas como exemplos clássicos) como "culturas pagãs". Poucas pessoas hoje em dia ainda mantêm um contato direto com as tradições originais do Paganismo, daí a necessidade de se diferenciar o Paganismo original - surgido na Antigüidade - do novo paganismo, representado por diversas correntes recentes. Para que tal diferenciação seja bem clara e cristalina, muitos autores e pesquisadores optam por utilizar o termo neo-pagão, ou seja, os novos pagãos - aqueles que seguem tradições filosófico-espirituais inspiradas nos ensinamentos e valores das Antigas Religiões. 
Dentre estas correntes neo-pagãs, sem dúvida duas ganham destaque: a wicca e o neo-druidismo.





Wicca

A Arte (como é chamada a religião Wicca) é uma religião de amor e alegria, também é uma religião xamânica, pois prega a existência de mundos paralelos ao nosso e a possibilidade de contacto com os seres deste outros mundos.

A Wicca surgiu graças a Gerald Brosseau Gardner, um funcionário público inglês e um dos responsáveis pelo ressurgimento e modernização da Bruxaria no mundo ocidental.
Pouco antes do início da Segunda Guerra Mundial no ano de 1939, Gardner foi tradicionalmente iniciado na Arte da Bruxaria pela Suma Sacerdotisa Old Dorothy Clutterbuck (Dorothy St. Quintin). Por anos a fio, mesmo após a sua morte, Gardner teve a sua iniciação tradicional contestada por diversos opositores, vindo então a depois ser provada a existência real de Old Dorothy por Doreen Valiente, que mais tarde teria um papel fundamental na escritura do BOS (Book of Shadows) Gardneriano.


Gardner e Valiente escreveram entre 1954 e 1957 todo o material ritualístico, textos sagrados e filosofias da Wicca, tendo culminado esse trabalho no famoso BOS, Book of Shadows (Livro das Sombras), que viria a ser o único livro de instruções da religião, um verdadeiro manual prático da Wicca.

A Wicca é uma religião politeísta, de culto basicamente dualista, que crê tradicionalmente na Mãe Tríplice e no Deus Cornífero, ou religião matriarcal de adoração à deusa mãe. Estas duas deidades são muitas vezes vistas como faces de uma divindade panteísta maior, ou que se manifestam como várias divindades politeístas. A Wicca também envolve a prática ritual da magia, em grande parte influenciada pela magia cerimonial do passado, muitas vezes em conjunto com um código de moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, porém não é uma regra. 
Algumas tradições adoram o celta Cernuno, símbolo da virilidade, que é por vezes confundida com o Satanismo...Mas os wiccanos não acreditam em Lúcifer ou em Satanás.



Uma das crenças mais importantes para os Wiccans diz: "Não prejudicando ninguém, faz o que quiseres." Esta é a directriz ética de todos os Wiccans nas suas práticas, rezas, orações e demais manifestações do divino.

Outra importante crença Wiccana é a Lei Tríplice que diz que, da mesma forma com que a Deusa e o Deus tem as suas três faces, tudo o que fizeres voltará para ti triplicado. Ou seja, tudo o que de bom fizeres, voltará triplicado, mas tudo o que de mal fizeres, também voltará triplicado.



Eu acredito no Cosmos. Todos nós estamos conectados pelo Cosmos. Olha para o Sol, se ele não existisse, nós não existiríamos.

A Natureza é o meu Deus. Para mim a Natureza é sagrada. As árvores são os meus templos e as florestas as minhas catedrais.


Até à próxima,

XO,







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2 Comments

  1. Bem... penso que sou pagão, desde pequeno que amo e respeito a Natureza... é algo que está bem presente na minha ideologia.. Sinto-me bem e em paz, quando entro numa floresta, é como se as árvores comunicassem comigo através da mente..

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