A Espiritualidade

Hello! Hoje no LifeStyle do blog trago-vos um tema pouco compreendido e por vezes esquecido numa sociedade onde a única coisa que import...

Hello!

Hoje no LifeStyle do blog trago-vos um tema pouco compreendido e por vezes esquecido numa sociedade onde a única coisa que importa é ser materialista e consumista, levando a espiritualidade como um mito.
O caminho da espiritualidade não é fácil, não é uma fase, muito menos uma moda que chega e passa.
Nos dias de hoje tudo à nossa volta insta a uma espiritualidade fácil, rápida e descartável, características que nada têm a ver com o despertar da consciência e que se opõe ao desenvolvimento de uma verdadeira espiritualidade.



A espiritualidade é um caminho que se escolhe, um caminho interior rumo ao despertar da nossa consciência, que como o próprio nome indica, tem implícita a concentração e o foco não no materialismo, mas no Espírito que desce e se manifesta na Matéria, animando-a de vida.

Espiritualidade vem do latim “spiritus”, que significa respiração ou sopro. Diz o Dicionário Michaelis, Espírito é o “Princípio animador ou vital que dá vida aos organismos físicos”. Num sentido mais lato, Espírito é aquilo que não tem forma, mas que sendo o Sopro, ou Verbo Divino, cria a Matéria e a anima. Por este raciocínio se depreende que é o Espírito que comanda a Matéria, e assim sendo, tudo o que nesta se manifesta - ou seja, no plano físico - tem a sua causa e princípio no plano espiritual, e não o contrário.

Por outro lado, o materialista é aquela pessoa que vive com base nas suas crenças, atitudes considerando que tudo é material, ou seja, é aquela que só acredita naquilo que pode ver, tocar e sentir. 

A espiritualidade é a busca de respostas sobre os mistérios da Vida e do Cosmos por quem não as encontra no mundo material, no que lhe é explicado pela sociedade, e no que esta, de um modo geral, pratica. Essa busca, quando verdadeira, toma a forma de compromisso pessoal tomado de plena consciência, que implica uma vontade profunda de transformação e superação de si próprio, que necessita de todo o nosso empenho e de uma permanente auto-vigilância para se cumprir.

A espiritualidade é um caminho longo e progressivo que relaciona-se com a nossa evolução. Mas não temos possibilidade de saltar etapas desse percurso. Apenas podemos procurar acelerar o nosso desenvolvimento espiritual o que implica maior empenho e vontade, e também maiores desafios e responsabilidades. A evolução é o despertar do nosso potencial latente, do divino em nós. A existência da divindade dentro de nós - e não apenas fora de nós - é uma ideia natural em muitas partes do mundo. 
Um bom exemplo disso é a saudação nepalesa mais comum, “Namasté”, que significa “O deus que há em mim saúda o deus que há em ti”.

Na espiritualidade, tudo tem a ver com vivenciação, pois esta não pode existir apenas em teoria, em conhecimento não vivenciado ou não aplicado.
É através das muitas experiências pelas quais passamos e de tudo o que vivenciamos ao longo de múltiplas reencarnações, que a nossa consciência vai despertando, que ocorre a transformação interior e a evolução da nossa  essência espiritual.


Infelizmente, o que tomamos por espiritualidade é muitas vezes uma pseudo-espiritualidade. Isto porque algumas pessoas, por exemplo, utilizam os seus conhecimentos e capacidades psíquicas ou intelectuais para cultivarem o seu poder pessoal, para serem adoradas e passarem a ideia de que são criaturas perfeitas, que não cometem erros, nem se enganam, ao mesmo tempo que tratam outras pessoas como inferiores, revelando incoerência, falta de humildade e desrespeito pelos princípios e valores que, em teoria, defendem. 
Mas mesmo isso faz parte do seu processo pessoal. A “pseudo-espiritualidade” tem a sua utilidade e cumpre o seu papel, nem que seja ajudando-nos a compreender o que a Espiritualidade não é.

A partir do momento em que se inicia um caminho espiritual, verdadeiramente, não há volta atrás. Quando há um despertar da consciência, não há como perder essa consciência, nem é possível continuar a viver como antes se vivia. É como uma morte, seguida de um renascimento: simbolicamente, é mesmo isso que acontece, só não existiu uma morte no plano físico. É como se antes estivéssemos mortos, estando vivos, mas sem viver verdadeiramente. Depois de sentirmos isso dentro de nós, não há como viver da mesma forma.

Cada vez mais nos é vendida a ideia de uma espiritualidade fácil e rápida, que passa por adquirir ou experimentar uma série de produtos e serviços que empregam em abundância termos de conotação espiritual e prometem resolver os nossos problemas, mudar a nossa vida, e ajudar-nos a nos tornarmos ”espirituais” de uma forma mais rápida. 

Duas coisas: nós já somos espirituais, precisamos é de tornar essa espiritualidade consciente e ativa; a via da espiritualidade não é fácil ou rápida.


Concluindo, a Espiritualidade não funciona como um botão on/off, que se acende ou apaga em algumas áreas da nossa vida conforme nos dá jeito. Se a nossa espiritualidade não se manifestar em tudo o que somos e fazemos, em todas as áreas da nossa vida e na nossa relação com os outros, não é de todo Espiritualidade. 

Fonte: Sapo Lifestyle


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2 Comments

  1. Para a maioria do ser humano, a evolução só é valida quando se trata de avanços tecnológicos, ou de altas torres em grandes cidades, num mundo onde a guerra, o medo, a fome, a tristeza, a pobreza, e os valores completamente trocados persistem, não vejo razão nenhuma para dizer que o ser humano evoluiu.. embora haja o despertar de algumas pessoas para a espiritualidade e para a real situação do mundo, mas isso tudo ainda é tão pouco, não é proibido sonhar ainda, mas que a situação vai complicada lá isso vai..

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    1. Infelizmente é verdade, são poucas as pessoas que tem uma consciência espiritual...Os avanços tecnológicos são importantes, mas não para a nossa evolução enquanto seres humanos, na verdade isso só andamos para trás...
      Num mundo como este onde a única evolução que tivemos foi mais estupidez, violência e menos empatia...

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