Layne Staley : "The Man in The Box"

Hello ! Hoje um dos ícones do grunge e dos anos 90, daquele grunge scene, Seattle. Umas das vozes mais poderosas e aclamadas, o vocalist...

Hello !

Hoje um dos ícones do grunge e dos anos 90, daquele grunge scene, Seattle. Umas das vozes mais poderosas e aclamadas, o vocalista dos Alice in Chains que infelizmente partiu demasiado cedo...



Layne Thomas Staley nasceu a 22 de agosto de 1967 em Kirkland, Washington, Estados Unidos. Filho de Nancy Elizabeth e Philip Blair Staley, a sua infância foi marcada pelos conflitos conjugais entre os seus pais.
O comportamento errático de Philip Staley terminou por romper o equilíbrio familiar. Estava sempre ausente devido ao trabalho, e quando voltava para casa, levava amigos, com quem ficava festejando até altas horas da madrugada, e quando Nancy acordava, encontrava garrafas de cerveja e drogas espalhadas por toda a casa, e tentava esconder tudo antes que Layne acordasse.

Layne foi descrito como uma criança "brilhante", dotado de uma mente ágil e com diversos interesses, entre eles, obviamente, a música. Aos cinco anos de idade, já cantava num grupo com os seus companheiros da escola. Quando tinha sete anos, os seus pais se separaram, pois Nancy descobriu que o seu marido estava envolvido em problemas com drogas e máfia.
Layne ficou traumatizado com essa situação pelo resto da sua vida.













“Música é a porta que me levou ao desenho, fotografia, e escrita.”

Em 2002, pouco antes de morrer, descreveu a experiência de ser testemunha do divórcio de seus pais: "o meu mundo se transformou em um pesadelo, só havia sombras ao meu redor. Recebi uma ligação dizendo que meu pai havia morrido, mas a minha família sempre soube que estava por aí usando diversas drogas. Desde que me ligaram, sempre me perguntava, "onde estava o meu pai?", sentia -me muito triste e sentia a sua falta. Ele desapareceu da minha vida por 15 anos". Na mesma entrevista, ele deu a entender que o divórcio de seus pais e o vício em drogas de seu pai foram em parte responsáveis pelos seus problemas, e também disse que ele estava convencido que, caso ficasse famoso, o seu pai retornaria.

Durante sua adolescência, Layne parecia mais calmo:  amava pintar, amava a música e a arte, mas era evidente que tinha problemas, de facto, sempre se metia em brigas e não fazia as suas tarefas escolares. Foi então que o colégio tomou a decisão de mandá-lo para um instituto de jovens afetados por problemas de socialização, o que fez com que Layne perdesse a fé no sistema de educação.
Layne começou sua carreira musical aos 12 anos de idade, quando aprendeu a tocar bateria, e tocou em várias bandas de hair metal, sempre com a aspiração de ser vocalista. Trocou a bateria pelo microfone, e a sua antiga banda Sleaze se transformou em Alice N' Chains em 1986, tendo um enorme sucesso mundial. Vê aqui a história de: Alice In Chains



No dia 15 de Março de 1995, Layne Staley lançava o álbum "Above", com a sua banda paralela ,o Mad Season, a banda durou muito pouco tempo,apenas um ano,acabando em meados de 1996...O Seu único álbum, "Above",tinha singles como "Wake Up", e "River of Deceit",que ficou em primeiro lugar nas paradas,e alcançando o 2° lugar na Billboard.


Em 1998, Layne Staley funda o "Class of' 99".

Class Of '99 foi uma banda de rock de pouca duração que consistia exclusivamente de membros de bandas notáveis do rock: Layne Staley, do Alice in Chains como vocalista, Tom Morello do Rage Against the Machine como guitarrista, Stephen Perkins do Jane's Addiction como baterista, o baixista Martyn LeNoble do Porno for Pyros e a ajuda de Matt Serletic no teclado.
Estes quatro músicos colaboraram com os covers de Pink Floyd, "Another Brick In The Wall (Part I)" e "Another Brick In The Wall (Part II)", para a trilha sonora do filme de horror/ficção científica de Robert Rodriguez, "A Prova Final", lançado em 1998.
Em 1999, o single para esta canção foi lançado pela Sony Music. Continha versões de "Another Brick In The Wall (Part I)" e "Another Brick In The Wall (Part II)" por Class Of '99, e também "Haunting Me", do Stabbing Westward. O vídeo para "Another Brick In The Wall (Part II)" foi dirigido por Jim Shea.




Era um rapaz dedicado, com uma voz extremamente marcante, dono de uma presença de palco raramente vista. Porém, com o tempo, passou a possuir um vício que ele mesmo repudiava, a heroína.
Esse nojo que tinha por si mesmo era mostrado em diversas canções da banda, como "Sickman", "Dirt", "Angry Chair", "Grind" e muitas outras em que ele se diz "sujo", "morto por dentro" e afirmava ter tomado um caminho sem volta. Apesar de tentar se livrar do vício, nunca conseguiu devido a dependência ser forte demais e pela influência de seu pai, que se drogava e o incentivava ao mesmo. Desde o disco Unplugged a sua saúde estava fragilizada e isso era visível, Layne começou se a isolar no seu condomínio, evitando que as pessoas o vissem naquele estado.








“Porque é que as pessoas continuam a tomar drogas? Elas não ouviram a minha música? Não compreenderam as palavras?”


“Eu sei que estou perto de morte.”

Após diversos rumores de suicídio desmentidos, Layne caiu em depressão profunda e outros factores influenciaram a sua reclusão, após a morte de sua namorada Demri Parrot, vítima de endocardite bacteriana, doença causada pelo uso de drogas. E seus problemas com as drogas só pioraram depois de uma internação fracassada em 1997,uma outra tentativa entre os anos 2000 a 2001 foram insuficientes.
Demri and Layne

Entretanto, Layne tentava se distrair,com ajuda de sua mãe, mas acabou sendo encontrado sem vida no seu condomínio vítima de uma overdose letal de heroína combinada com cocaína (droga conhecida como "speedball") no dia 20 de Abril de 2002 o seu corpo já entrava em estado de decomposição. O dia da sua morte foi dado como 5 de abril pela perícia, coincidentemente no dia da morte de Kurt Cobain . Ao lado do seu corpo foram encontrados diversos tipos de drogas e pertences pessoais.
Última foto de Layne...

Após sua morte, Layne recebeu homenagens do seu amigo e parceiro de banda Jerry Cantrell e de diversas bandas, como o Pearl Jam ,Sonic Youth e Audioslave .  


“Kurt (Cobain) e eu não éramos os amigos mais próximos, mas eu compreendia-o o suficiente para ficar devastado com a sua morte. Para uma pessoa tão quieta, ele estava tão feliz por ter uma criança.”


A influência de Staley tem sido percebida em outros géneros. Três livros foram escritos sobre ele, dois pela autora Adriana Rubio (Layne Staley: Angry Chair e o recente Layne Staley: Get Born Again, descrito como "um 'livro novinho em folha' apesar de ser uma versão revisada e atualizada com a inclusão de dois novos capítulos, 'Hate To Feel' e 'Get Born Again', do elogiado livroAngry Chair") e o ainda a ser lançado Itch, Love Stories About Heroin de Tanya Vece, baseado nos últimos cinco anos de vida do vocalista e com relatos de fãs sobre a importância de Staley para suas vidas. 

Em 28 de setembro de 2006, um projeto cinematográfico relacionado ao livro mais recente de Rubio sobre Staley foi anunciado: "Segundo uma nota para a imprensa da ARTS Publications, a jornalista/autora argentina Adriana Rubio foi contactada pelo roteirista/diretor Eric Moyer de Philadelphia sobre transformar sua biografia do falecido vocalista do Alice in Chains, Layne Staley, intitulada Layne Staley: Get Born Again, num filme". Em 2008, foi anunciado que o ator Lathan McKay interpretará o vocalista. 

Layne Staley ainda hoje , carrega seu estilo musical nas letras jovem que trazem suas influencias como nas bandas Cash Cash e Dirteens.

Com relação ao campo da literatura e criticismo, estudiosos como Edward Carvalho (autor desolitary, poor, nasty, brutish and short, Fine Tooth Press 2006) diversas vezes consideraram as letras de Staley e Cantrell como componentes essenciais do papel da Geração X no discurso pós-modernista.
Cantrell afirmou em diversas entrevistas quanto ao Alice in Chains que "Layne é insubstituível, não somente como um cantor, mas como uma pessoa. Nós todos o amávamos". Nos concertos de reunião do Alice in Chains (com William Duvall) há um intervalo onde é exibido um tributo de cinco minutos entre os sets da banda.

Staley foi classificado na 27ª posição da lista dos "100 Melhores Vocalistas de Heavy Metal de Todos os Tempos" da revistaHit Parader (publicada na edição de novembro de 2006).
Staley foi uma inspiração para o título do álbum de 2008 do Metallica, Death Magnetc, quando o guitarrista Kirk Hammett trouxe uma fotografia de Staley ao estúdio onde o Metallica estava gravando. "Aquela imagem ficou lá por bastante tempo", disse Hammett, "Eu acho que ela penetrou na psique de James Hetfield".
Em 2002, a mãe de Staley, Nancy McCallum, e Jamie Richards, um conselheiro de drogas e álcool, formaram o Layne Staley Fund, uma organização sem fins lucrativos que angaria fundos para tratamento de dependentes de drogas e trabalha com a comunidade musical de Seattle. Organiza um tributo anual em agosto, no dia ou perto do aniversário de Staley.
Layne e a sua mãe



“Apetecia-me abraçar-vos a todos... Mas não o vou fazer.”

Para sempre Layne será recordado através da sua música que ainda ecoa e vai ecoar por entre gerações.
Obrigada por teres existido, foste importante, pena não teres visto essa tua importância neste mundo...




XO,


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2 Comments

  1. Dono de uma das maiores vozes de sempre, Para além de fazer parte dos Alice In Chains, fez um excelente trabalho nos Mad Season.. a música "Lifeless Dead" que o diga

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    1. Sem dúvida uma voz incomparável...Essa música e outras comprova a sua essência

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