Por vezes, olho
Observo por detrás do vidro embaciado da chuva
Que cai do triste céu só
E deparo-me a sonhar acordada.

A sonhar contigo
Com a cabeça pousada na minha mão
E as lágrimas lentamente caem,
Fixo um ponto familiar e a minha mente flutua...
E recordo o que nunca fomos
Nem podíamos vir a ser...

Sentimentos tumultuosos dentro de meu Ser
Oh patético e fragmentado ser!

Amor, não existe
Nunca é correspondido,
É pura ilusão.

Doí,
É como ter o peito a arder,
Em chamas
Fogo posto por ti, meu amor
Que me enfeitiçou e me roubou

O chão desaba,
A realidade chega
O sol entra pelo vidro outrora embaciado
E eu, só e confusa, volto de novo triste e cruel minha realidade...