"Viver Perigosamente" by Osho (Resenha)

Boas Tardes, caros leitores! Amanhã já é véspera de Natal! Espero que todos vós a passem junto dos que mais amam, com conforto e amor pa...

Boas Tardes, caros leitores!
Amanhã já é véspera de Natal! Espero que todos vós a passem junto dos que mais amam, com conforto e amor para aquecer este Natal e com muita saúde que é o mais importante.

Hoje no blog, uma resenha de um livro que me foi oferecido: Viver Perigosamente do enigmático mestre Osho. 


O Mestre


  • O pensamento de Osho
Osho foi educado no jainismo, uma religião hinduísta criada no século VI a.C. por Vardhamana Mahavira, que se opõe às castas sacerdotais e aos textos sagrados hinduístas. Os jainistas acreditam na reencarnação e negam a existência de um Deus criador, ainda que acreditem em diversas divindades (arjat).

Apesar de ter como bases religiosas o tranteísmo e o pan-animismo jainista, a visão de Osho era mais monista. Para este tipo de pensamento, tudo que se observa é considerado apenas uma ilusão; a única realidade é Deus. Considerando que o seu nome traduzido significa "Senhor Deus", parece evidente que o guru acreditava que só ele era real.

  • Osho e a Ciência e a Religião
Em relação à ciência e à religião, o mestre afirma: 
"Eu gostaria de dizer que a ciência tem um valor supremo, e só há dois tipos de ciência: uma é a ciência objetiva, que decide sobre o mundo exterior; e outra, é a ciência subjetiva, que até agora foi chamada de religião. Mas é melhor não chamá-la de religião, e sim de 'ciência do interior', e dividir a ciência entre ciência do exterior e ciência do interior, a ciência objetiva e a ciência subjetiva. Mas fazer dela um todo sólido, a ciência conservará o seu valor supremo; não há nada mais elevado" .
(No entanto, não existe uma ciência objetiva e outra subjetiva: a ciência é objetiva, iIndependentemente da subjetividade de quem a pratique. Não existe uma "ciência subjetiva", e a  como é óbvio a religião não é ciência).
"No entanto, em nome da religião, ensinaram-nos a negação da vida. A filosofia da religião esteve orientada à morte, não à vida. Prega que aquilo que se encontra depois da vida é importante, enquanto aquilo que se encontra antes da morte não tem significado. 
Até agora, a religião adorou a morte, mas não mostrou respeito algum pela vida"
Nos últimos anos da sua vida, foi conhecido como "Osho".
Faleceu a 19 de janeiro de 1990, aos 58 anos, na Índia.



Viver Perigosamente (Resenha)

Este livro é especial. É daqueles livros que te leva a pensar, a questionar, a abanar a cabeça, a concordar e a discordar com as sábias palavras escritas por Osho.
Osho tem uma visão da vida completamente diferente, eu chamo-lhe pura e crua. Ele não tem meias palavras, ele diz logo o que pensa e isso é uma das características que mais me fascina em Osho. 
Ele não quer saber da Religião, da Política ou até mesmo da Ciência, ele apenas tem aquela visão e guia o leitor ao longo do livro através dos seus sábios conselhos e críticas que por vezes custam-nos a ler...
Este livro dá muitas lições ao leitor, seja quem for, de que idade for, de que situação esteja a passar, todos os leitores que pegarem e folhearem este livro, irão todos encontrar um lugar onde "morar".
Então mas que significa Viver Perigosamente? 
A resposta é simples, mas ao mesmo tempo complexa, uma vez que envolve a mente, a mudança do pensamento do leitor, o que é bastante díficil... Sim, a resposta é não por condições estúpidas entre ti e a vida – conforto, conveniência e respeito.

O leitor tem que abandonar todas estas coisas para que a vida lhe aconteça, e siga com ela sem se importar se está ou não na estrada principal, sem se importar onde ela irá terminar. Viver o momento, o presente.
Contudo, com vigilância. Porque tudo o que o leitor faz seja caminhar, comer, respirar ou simplesmente não fazer nada, nunca se pode esquecer que é um observador. 
Isto pode parecer simples, mas na verdade é complexo, nós vivemos numa sociedade em constante movimento, precipitada e stressada devido às coisas que somos expostas, quer seja a escola ou o trabalho. Tem que ser tudo para ontem. Não há um meio termo, apenas extremos, e esse é um dos males da nossa patética sociedade.
Se todos nós parar-mos e observar apenas vemos o quão rídiculo somos. Não damos valor as coisas mais simples e a olho nu, insignificantes porém com muito significado...como por exemplo, o amor. 
Este livro é uma auto-ajuda, dá ao leitor as bases para poder se libertar. E a parte mais difícil é o fazer...

Todos os dias o leitor irá se distrair, irá não cumprir o objetivo da lição dada por Osho, mas é exatamente isso que ele quer...ele pretende que nós, os leitores, nos apercebamos disso e voltemos para ao nosso centro de observação, ficar indiferente, apenas olhar em volta...

Outra das lições que Osho dá aos leitores e que me agradou e foi ao principio um impacto...Não ninguém que te irá salvar, não há um Messias, não os outros, não há nada disso. Apenas Tu te podes resgatar de ti mesmo...E esse é um desafio com os quais muitos perdem...
Sente as emoções, sente aquela raiva, o medo, o ódio por ti próprio, mas depois constrói à volta os mecanismos para não ficares presa nesses sentimentos. Mas deixa-os passar e sente-os. Não os ignores.

Não falar, não é o silêncio. Uma pessoa pode estar a falar mas nem sequer está a proferir uma única palavra, mas por dentro dela estão mil e um pensamentos a ocorrer. Mente vazia, isso é uma das principais lições na Meditação ( difícil...) 
Eu ainda não consigo meditar, é um processo bastante difícil a meu ver...

Há um fluxo contínuo de pensamentos, em todos os momentos. E isso apenas podemos controlar, controlar a nossa Mente desses pensamentos, sejam eles quais forem..
Por último só quero acrescentar que Osho afirma que as feridas não são curadas ao serem cobertas. Não é por um penso que tudo irá ficar bem... A palavra “medicina” e a palavra “meditação” vêm da mesma raiz. Apenas há uma diferença no seu conceito, a medicina cura o corpo e meditação cura o seu ser, isto é, a medicina interior.

Este é sem dúvida o livro excelente e desafiante para quem está a precisar de uma iluminação interior.

Até à próxima,
Andie.



You Might Also Like

1 Comments